Resumo da Segunda Guerra Mundial : 1939 -1945
Itália
É 1902, um jovem rapaz chamado Benito Mussolini muda-se da Itália para a Suíça para prestar serviço militar. Ele cresce no socialismo trabalhando para sindicatos, escrevendo para jornais socialistas e defendendo revoltas violentas contra as monarquias europeias. Isso faz com que ele tenha problemas com a polícia suíça.
Ao voltar para a Itália, completa seu serviço militar, que evitava há muito tempo, e depois de um período breve como professor de escola primária finalmente retoma suas atividades de ávido socialista.
Seus discursos e habilidades de jornalista o fizeram famoso entre socialistas italianos. Ele era contrário às guerras nas quais a Itália se envolvia, então, quando os italianos colonizaram a Líbia, em 1910, demonstrou sua irritação, fato que o levou a ser encarcerado.
Quando a Primeira Guerra Mundial começou a tomar forma, mais uma vez ele protestou contra o envolvimento italiano, mas algo começava a se transformar em sua mente.
Mussolini passou a cogitar a possibilidade de utilizar a guerra para atingir seus objetivos socialistas. Ele pensava: “Esta guerra poderia trazer o clima social necessário para derrubar as monarquias europeias e promover a revolução socialista em todos os lugares“.
Essa nova interpretação, favorável à guerra, irritou profundamente seus colegas socialistas, que imediatamente decidiram expulsá-lo do partido.
A visão de Benito Mussolini em relação ao socialismo passou por intensas transformações até que ele chegou à conclusão de que a Itália precisava de algo novo, um outro paradigma político.
O povo italiano não deveria basear-se nas divisões de classe como base identitária, mas em uma união promovida pelo nacionalismo.
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O objetivo primordial de Mussolini
Mussolini almejava conquistar o Mediterrâneo e expandir a influência italiana assim como na época áurea do Império Romano. Assim nasceu o fascismo.
A Itália chegou ao final da Primeira Guerra Mundial no lado vencedor e, por esse motivo, esperava tirar grande proveito disso. Mas, no fim das contas, italianos tiveram ganhos diminutos e sentiram-se absolutamente traídos por seus aliados.
Além disso, a economia ineficiente e governos fracos causavam enorme descontentamento entre o povo italiano.
É nesse momento que Mussolini verdadeiramente entra em cena e promete consertar toda aquela situação devolvendo à Itália sua merecida posição de destaque no palco político mundial.
O movimento fascista ganha muito apoio.
Em 1922, Mussolini encontra-se com o rei da Itália e lhe dá um ultimato: “Faça-me primeiro ministro ou far-me-ei primeiro ministro“.
O rei não teve outra alternativa uma vez que o líder fascista tinha ao seu lado a popularidade e um grupo de pessoas dispostas a defendê-lo caso fosse necessário.
A ditadura fascista de Mussolini começa a tomar forma. Tratava-se do prelúdio de movimentos de governo forte que varreriam a Europa nos anos seguintes.
A Alemanha
A Alemanha estava no lado perdedor da Primeira Guerra Mundial e foi forçada a pagar um altíssimo preço com a assinatura do Tratado de Versalhes (1919), o tratado impunha tantas restrições aos germânicos que acabou ficando conhecido como o “Diktat” de Versalhes.
Alemães perderam territórios, foram forçados a desmilitarizar a região da Renânia, obrigados a reduzir seu exército para 100,000 homens, impedidos de manter sua força aérea, além de pagar aos Aliados uma quantia impossivelmente alta.
Com a economia em ruínas e uma sucessão de governos fracassados, o caminho estava aberto para que surgisse uma figura com habilidade para levantar o moral do povo alemão por meio da promessa de uma vida próspera: Adolf Hitler.
Hitler havia sido soldado durante a Primeira Guerra Mundial e defendia ardentemente a união dos povos germânicos. Ele não aceitava a humilhação imposta à Alemanha depois da Primeira Guerra Mundial e afirmava que os germânicos não haviam realmente perdido a guerra. Hitler dizia com convicção que a Alemanha havia capitulado enquanto ainda tinha forças para lutar, tudo isso devido à ação de traidores.
Ele ajudou a criar um novo partido político e, em 1923, marchou em Munique com seus apoiadores. Não deu certo. Hitler acabou preso e, durante o encarceramento, escreveu sua tão conhecida obra: “Mein Kampf” (Minha Luta).
A ascensão de Adolf Hitler
A prisão do austríaco, Adolf Hitler, não arrefeceu sua popularidade, pelo contrário, a intensificou a ponto de elevá-lo ao cargo de Chanceler da Alemanha em 1933.
Com a morte do Presidente da Alemanha, Hitler foi capaz de usurpar o poder e tornar-se líder máximo do país, assim estabelecia-se mais um governo totalitário no continente europeu.
O agora líder da Alemanha e o italiano, Benito Mussolini, não pensavam de maneira necessariamente igual. Embora houvesse, sim, pontos de interseção em suas maneiras de interpretar o momento vivido na Europa, havia fundamentais diferenças entre os dois:
Na Alemanha, a política continha um fortíssimo viés étnico-racial. Havia claramente uma distinção entre aqueles que eram considerados germânicos puros e os demais integrantes da sociedade.
Na Itália, um país muito mais miscigenado, discursos alimentados pela eugenia já não eram tão atraentes. O prisma que englobava o cidadão italiano era muito menos restritivo, embora ainda houvesse, claramente, a rejeição da população de origem judaica.
Por que a Alemanha se aliou à Itália?
É razoável pensar que um dos principais motivos foi a conveniência. A Alemanha estava praticamente sozinha no continente. Embora Hitler não considerasse os italianos como iguais, achava que tal aliança seria benéfica para a Alemanha no curto e médio prazo.
No pior dos casos, a Itália seria um inimigo a menos para combater caso a guerra tomasse maiores proporções, como tomou.
Por que a Itália quis se aliar à Alemanha?
Ora, a Itália, apesar de integrar o lado vencedor na Primeira Guerra Mundial, não teve o retorno econômico que esperava. Apenas o status de vencedor da Primeira Guerra Mundial não era o suficiente para comprar a lealdade dos italianos por muito tempo.
Aos olhos da Itália, a Alemanha oferecia uma oportunidade de engrandecimento para o país. Ambiciosos, italianos acreditavam poder expandir sua influência com a ajuda dos alemães ao tomar territórios na África e ao conquistar a região próxima ao Mar Adriático.
Era tudo o que Mussolini queria: reposicionar a Itália no rol das grandes potências.
A Europa vivia a segunda ditadura fascista. Hitler e Mussolini tinham muitas ideias parecidas, mas, mais importante ainda, eles tinham os mesmos inimigos.
Onde é que o Japão entra nessa história?
O Japão já tinha um histórico de dominação na Ásia.
Após terem sido explorados por ocidentais, inclusive pelos Estados Unidos, japoneses conseguiram alterar seu status de nação conquistada para nação conquistadora.
Os nipônicos foram inteligentes e em vez de agirem como vítimas, aprenderam com seus inimigos a estabelecer bases industriais para que o país pudesse florescer e juntar-se aos demais no seleto grupo de nações desenvolvidas.
Ao alcançar um nível tecnológico e militar muito superior àquele das demais nações asiáticas, o Japão passou a empreender campanhas de dominação, principalmente pela força.
O primeiro alvo foi a Coreia, que sucumbiu ao poderio nipônico além de ser forçada a consumir cultura japonesa como se fosse uma extensão daquele país.
A tentativa de doutrinação imposta pelo Japão foi tão profunda que coreanos tinham até mesmo que mudar seus sobrenomes para que eles refletissem a fonética da língua japonesa.
Não demorou muito para que japoneses entrassem em conflito com a Rússia, até então a principal potência da Ásia.
Entre 1904 e 1905 houve a Guerra Russo-Japonesa. Esse momento foi muito marcante na história, pois era a primeira vez que um país formado por pessoas não-brancas fora capaz de vencer uma nação caucasiana. Os russos saíram derrotados e humilhados da guerra.
Enquanto isso o Japão marcava sua posição como uma potência militar capaz de rivalizar com seus inimigos europeus.
É nesse momento que japoneses percebem que não precisam mais aturar a presença ocidental na Ásia. A vontade de expulsar britânicos e americanos da região cresce a cada dia, assim como a ganância nipônica.
Motivações iniciais da Alemanha
A Alemanha de Hitler nem mesmo cogitava seguir as ordens descritas no Tratado de Versalhes, de 1919. Os alemães sentiam-se profundamente injustiçados e acreditavam que suas ambições eram direitos e, portanto, perfeitamente justificáveis.
Uma das primeiras violações de Versalhes foi o estabelecimento dos primeiros esquadrões da Luftwaffe (braço aéreo das forças armadas da Alemanha). Também foi introduzido o recrutamento militar obrigatório, em claro desrespeito ao documento assinado pelos alemães.
O que os Aliados fizeram em relação a essas violações?
Nada.
Mesmo os Aliados (inicialmente compostos por Reino Unido e França), vencedores da Primeira Guerra Mundial, sabiam que o Tratado de Versalhes era excessivamente punitivo. Esse argumento era constantemente utilizado pelos britânicos ao recusarem-se a intervir militarmente. O Reino Unido buscava aceitar as movimentações alemãs contanto que elas não fossem marcadamente ofensivas.
Os franceses eram menos empáticos e defendiam a ideia de que a Alemanha deveria, sim, pagar o preço mais alto possível pela destruição causada na Primeira Guerra Mundial.
De qualquer modo, os Aliados optaram por não intervir nas primeiras movimentações alemãs, afinal, elas ainda poderiam ser consideradas razoáveis, apesar de desrespeitarem o Tratado de Versalhes (1919).
O que Adolf Hitler achou da reação dos Aliados?
Hitler, ao perceber a ausência de represálias, decidiu continuar a violar o tratado pouco a pouco.
O próximo passo foi a ocupação da Renânia, território onde estava localizado grande parte do parque industrial bélico da Alemanha. A essa altura a Renânia já havia sido desmilitarizada, mas ainda era rica em minérios além de estar localizada em uma área estratégica.
Como os Aliados reagiram a essa segunda violação?
Houve uma série de discussões acerca das reais intenções da Alemanha, mas, mais uma vez, os Aliados optaram por não fazer nada.
Adolf Hitler ainda não se apresentava como uma grande ameaça. Os Aliados continuavam a se sentir fortes o suficiente para conter os alemães caso eles optassem pela via da agressão.
Como Hitler interpretou a leniência dos Aliados?
O líder germânico ganhou ainda mais confiança. Ao perceber que tinha virtualmente carta branca para seguir seus planos, Hitler encetou o segundo passo: expandir a influência germânica com vistas a alcançar o tão sonhado “lebensraum” (Espaço Vital).
O que era o Lebensraum?
O “Espaço Vital” era a extensão territorial necessária para que os povos germânicos tivessem todas as suas demandas atingidas, tanto em termos de espaço quanto em termos de recursos.
No curto prazo isso significaria uma razoável porção do continente europeu.
Nessa hora as tensões tornaram-se mais evidentes, pois a cada momento ficava mais claro que os alemães não se contentariam com pequenas conquistas.
Como os Aliados reagiram aos planos gananciosos de Adolf Hitler?
Mais uma vez, com o objetivo de evitar o gigantesco derramamento de sangue da Primeira Guerra Mundial, os Aliados escolheram a via diplomática ao definir uma nova política para combater a Alemanha.
Essa política era tão passiva que foi chamada de Apaziguamento.
Ela consistia em ações que evitassem conflitos armados a todo custo. Os Aliados não deveriam atacar a Alemanha a não ser que as ações de Hitler fossem abertamente hostis ou desproporcionais.
Em termos práticos, o Apaziguamento permitiu que Hitler se fortalecesse muito rapidamente e que a Alemanha concentrasse poder o suficiente para se tornar um inimigo monumental.
Como a Alemanha se fortaleceu com a Política do Apaziguamento?
O passo mais marcante foi a anexação da Áustria pela Alemanha em 1938, momento também conhecido como “Anschluss”.
Ao contrário do que alguns podem ser levados a pensar devido à utilização do termo “anexação”, essa ação não aconteceu de forma violenta. Os alemães foram recebidos com festa na Áustria e a maioria da população desejava a união dos dois países.
Basta lembrar que o próprio Adolf Hitler era austríaco e que a Áustria tinha sofrido muito com a Primeira Guerra Mundial. Para os austríacos, aquele momento parecia uma oportunidade de restaurar a grandeza de outros tempos.
A tomada dos Sudetos, Tchecoslováquia
Após a exitosa anexação da Áustria, a Alemanha passou a objetivar a Tchecoslováquia. Mais precisamente os Sudetos, área que já era ocupada há muito tempo por povos de origem germânica.
Nesse instante os Aliados começaram a ficar verdadeiramente preocupados e optaram por fazer uma reunião com o “Führer” (Adolf Hitler), na qual aceitaram a tomada dos Sudetos pela Alemanha, mas sob a condição de que a Alemanha não tentasse conquistar nenhum outro território.
Hitler assinou um tratado no qual prometia não invadir o restante da Tchecoslováquia e os Aliados saíram desse encontro relativamente contentes, pois acreditavam que a ganância alemã terminaria ali.
Obviamente, os Aliados estavam terrivelmente enganados.
Enquanto Chamberlain, Primeiro Ministro britânico, voltava para casa se sentindo vitorioso, acenando um pedaço de papel com a assinatura do Führer e declarando que uma crise maior havia sido evitada, Adolf Hitler invadia o resto da Tchecoslováquia demonstrando que não tinha qualquer respeito por tais tratados e que faria o que fosse necessário para estabelecer o lebensraum.
Onde fica a Itália, aliada da Alemanha, nessa história?
Paralelamente, Mussolini também se esforçava para aumentar a influência italiana e, para isso, optou pelo controle do Mar Adriático. Dessa maneira, a Albânia acabou invadida pela Itália.
O Japão estava muito distante do teatro europeu, o que eles estavam fazendo?
Assim como Alemanha e Itália visavam a espoliar nações europeias, o Japão buscava o mesmo na Ásia.
Seu alvo principal, como já havia acontecido no passado, foi a China. Mais uma vez os japoneses lançaram um violento ataque sobre o gigante chinês que, naquele momento, não tinha mínimas condições de enfrentar um Japão fortemente militarizado e muito mais avançado tecnologicamente.
A campanha japonesa na China foi uma das mais brutais da história. Cidades foram completamente destruídas e a população chinesa foi massacrada.
À época, a capital chinesa era a cidade de Nanquim. Foi ali que os maiores crimes foram cometidos pelos japoneses. Os eventos foram tão cruéis e traumáticos que o episódio ficou conhecido como o “Estupro de Nanquim”. Há um documentário no Netflix sobre isso, chama-se Nanking. Só assista se você tiver um coração de pedra.
De volta à Europa
Após avançar sobre tantos territórios sem causar atritos mais sérios com os Aliados, Adolf Hitler volta seus olhos para a Polônia acreditando que, talvez, os demais países continuassem a observar as movimentações da Alemanha passivamente.
Dessa vez as coisas seriam diferentes. Os Aliados perceberam que, caso não interviessem, Hitler continuaria a avançar até que toda a Europa estivesse sob seu controle.
Os Aliados finalmente deram um ultimato à Alemanha e afirmaram que caso a Polônia fosse invadida, essa ação seria interpretada como uma declaração de guerra.
Qual foi a reação de Hitler ao receber esse ultimato dos demais países?
O Führer sabia que um conflito armado seria inevitável, mas também tinha plena consciência de que seria melhor para a Alemanha colocar-se em uma posição na qual pudesse controlar a maneira como esse conflito desenvolver-se-ia.
Adolf Hitler acreditava que o mais importante era evitar uma guerra em duas frentes.
O que significa isso?
Para a Alemanha, que fica localizada no centro da Europa e tinha inimigos em potencial tanto nas fronteiras a oeste quanto a leste, era preciso evitar uma guerra com todos ao mesmo tempo. À esquerda estavam a França e o Reino Unido e, à direita, a União Soviética.
Seria mais prudente lidar com um grupo de inimigos primeiro e, depois, reorganizar as tropas para combater o outro inimigo do outro lado do país.
Como Hitler conseguiu evitar que todos atacassem a Alemanha ao mesmo tempo?
O líder germânico era um estrategista e conhecia os desejos de seus inimigos. Ao analisar a situação, percebeu que a União Soviética, inimiga em potencial liderada por Joseph Stalin, tinha seus próprios interesses na Polônia. Stalin adoraria controlar um pedaço daquele país.
Adolf Hitler então faz uma proposta a Stalin: ofereceu metade da Polônia para os soviéticos contanto que os germânicos fiquem com a outra metade. Stalin aceita o acordo e ambos os países ocupam a Polônia.
O objetivo do Führer até então fora atingido. Ao criar esse pacto secreto com Stalin, Hitler garantiu que a União Soviética não entraria em guerra com a Alemanha no futuro próximo. Isso dava ao líder germânico mais tempo para lidar com os franceses e britânicos, que reforçavam suas ameaças a cada dia.
O início da Segunda Guerra Mundial
Em setembro de 1939 alemães invadem a Polônia.
Reino Unido e França declaram guerra à Alemanha.
Franceses, até aquele momento, não lutavam com tanto empenho. Seus esforços de guerra eram pontuais e não muito eficientes. A França temia que ataques maiores pudessem encorajar represálias ainda maiores por parte dos alemães.
Mesmo depois do início da guerra, Chamberlain (Primeiro-ministro britânico), ainda acreditava em uma possível resolução diplomática. Assim, em vez de jogar bombas sobre o território alemão, a força aérea britânica cobriu cidades alemães de panfletos com vistas a alertar a população de que o comportamento da Alemanha poderia causar um conflito armado de grandes proporções.
Os panfletos não adiantaram de absolutamente nada.
Ao observar as movimentações alemãs, França e Reino Unido finalmente perceberam a gravidade da situação e começaram a reforçar militarmente a fronteira entre França e Alemanha.
A esse ponto já era perfeitamente visível que uma grande guerra iria explodir no coração da Europa, portanto, para o Reino Unido e, principalmente para a França, era crucial levar esse conflito para o mais longe possível de casa.
Nessa época, a Suécia, país neutro na guerra, vendia minério de ferro para a Alemanha. Todo esse material era transportado pelo meio do território da Noruega, que também era neutra.
Os Aliados tentaram por vezes cooptar a Suécia para que o país parasse de suprir a Alemanha nazista com matéria-prima para a indústria bélica, mas suecos e noruegueses mantiveram-se firmes ao negar o pedido dos aliados.
Logo em seguida a União Soviética lançou um ataque contra a Finlândia, que tinha fortes laços tanto com a Suécia quanto com a Noruega. Os Aliados acreditavam que esse ataque acabaria empurrando Suécia e Noruega para o seu campo de influência, mas isso não aconteceu.
Suécia e Noruega continuaram optando por sua neutralidade.
Qual foi o resultado da estratégia norueguesa?
Hitler percebeu que os Aliados estavam cercando a Noruega com vistas a impedir que o minério de ferro chegasse a Alemanha.
Agindo rapidamente, o líder germânico tomou os aeroportos noruegueses e conseguiu garantir o suprimento de ferro sueco.
Essa vitória de Hitler teve grande impacto na política interna dos Aliados, particularmente no Reino Unido, onde Chamberlain sentiu-se forçado a renunciar.
É nesse momento que uma das figuras mais importantes da guerra entra em cena: Winston Churchill tornava-se Primeiro-ministro britânico em 1940.
Como a Alemanha nazista reagiu a esse cerco que se formava a sua volta?
Hitler planejava derrotar a França o mais rápido possível. Com franceses fora de combate, seria mais fácil acabar com o Reino Unido.
Uma vez que o Reino Unido fosse completamente destruído, não haveria mais inimigos a oeste da Alemanha, assim seria possível reagrupar as tropas e movê-las para o leste do país, onde estava a União Soviética.
Espera aí! Hitler não tinha um Pacto de Não-Agressão com Stalin?
Sim! Mas tanto Hitler quanto Stalin sabiam que não podiam confiar um no outro e que aquele pacto era apenas uma maneira de garantir o controle sobre a Polônia. Os dois estavam cientes de que, a certa altura, o conflito iria acontecer.
A invasão alemã da França
Os Aliados queriam colocar tropas na Bélgica, mas os belgas se recusaram. E em um movimento que não surpreendeu praticamente ninguém, Hitler lançou uma invasão para contornar as defesas da França.
Reino Unido e França moveram-se para a Bélgica em velocidade máxima para enfrentar a invasão alemã de frente, ação que lembrava vividamente aquilo que havia acontecido na Primeira Guerra Mundial.
Mas desta vez, Hitler tinha uma carta na manga. A famosa Blitzkrieg, também conhecida como Guerra Relâmpago. Essa estratégia consistia em ataques pontuais, intensos e precisos a pontos fracos na linha de defesa do inimigo.
A movimentação das tropas alemãs na blitzkireg era tão rápida que a França não tinha tempo de organizar suas tropas para se defender. Os alemães tiveram êxito absoluto. Conseguiram perfurar a defesa francesa sem maiores dificuldades.
Ao observar a fraqueza da França em relação à Alemanha, a Itália decidiu também declarar guerra aos franceses.
Em pouco tempo a França tombava frente a Alemanha e Hitler posava para uma foto, triunfante, em frente à Torre Eiffel em Paris.
O Reino Unido sozinho contra a Alemanha nazista
Após a queda da França, os alemães acreditavam que o Reino Unido estaria disposto a aceitar o novo status quo e a negociar termos de paz altamente favoráveis à Alemanha.
Não seria tão fácil assim. Winston Churchill, Primeiro-ministro britânico, era muito mais proativo que seu antecessor, Chamberlain, e não estava disposto a fazer concessões à Alemanha.
Os germânicos pressionaram o Reino Unido de todas as maneiras possíveis, sempre enfatizando o fato de que os britânicos, sem a França, estariam sozinhos e isolados frente a um poderosíssimo inimigo.
Uma França ocupada pelos alemães
A Alemanha não chegou a ocupar toda a França. Isso não foi nem mesmo necessário.
Enquanto o norte francês e a costa oeste foram efetivamente ocupadas por tropas germânicas, na região sul da França foi estabelecido um governo colaboracionista, a chamada França de Vichy.
Na realidade, essa parte do território francês que colaborava com os alemães não o fazia por motivos ideológicos. As pessoas que viviam na região queriam apenas manter sua paz e sobreviver.
Entre colaborar com um invasor ou morrer nas mãos dele, os residentes do sul da França preferiram colaborar.
Esse governo ficou conhecido como França de Vichy porque a cidade de Vichy foi selecionada como nova capital daquilo que restou da França.
O ataque alemão ao Reino Unido
Como se esperava, a Alemanha, por meio do braço aéreo de seu exército, a Luftwaffe, lançou uma série de ataques ao Reino Unido.
Os ataques eram brutais e visavam inclusive alvos civis.
Aqui ficou claro que a época de vitórias fáceis da Alemanha não duraria para sempre.
A força aérea britânica (Royal Air Force) impôs dolorosas derrotas à Alemanha provando sua superioridade apesar do inegável poder destrutivo dos alemães.
O mapa abaixo mostra a quantidade de bombas que os alemães despejaram sobre a cidade de Londres. É inacreditável. Não havia um lugar seguro na cidade inteira:
Você pode ver mais regiões bombardeadas no site Bomb Sight.
O Eixo está formado
A essa altura, a aliança entre Alemanha, Itália e Japão já havia sido formalizada por meio de um tratado defensivo, essa união de esforços dos três países foi chamada de Eixo.
Ao observar tantas vitórias alemãs, mais uma vez a Itália sentiu-se pronta a expandir sua influência. Dessa vez o alvo dos italianos foi a Somália, país que, por incrível que pareça, já havia vencido a Itália em um conflito armado anos atrás. Mussolini queria vingança, e conseguiu.
Impulsionado pela primeira vitória na África, Mussolini, ou “Duce”, como era conhecido, resolveu empreender um ataque contra outra nação africana, o Egito.
Nesse momento ficou muito claro que a Itália não tinha organização ou capacidade militar comparável àquela da Alemanha.
O fracasso italiano no Egito levou Mussolini a tentar uma nova campanha contra a Grécia. É verdade que os italianos tiveram algum êxito na campanha grega, mas, para isso, foram obrigados a pedir reforços à Alemanha.
A Itália começava a demonstrar que, além de não ser um aliado particularmente útil, poderia até mesmo atrapalhar o desenvolvimento dos planos alemães, uma vez que a Alemanha tinha que movimentar suas tropas constantemente para proteger os italianos que eram dizimados pelos países os quais tentavam invadir.
A posição dos Estados Unidos
A Europa estava em chamas. A guerra cobria o continente com enormes cortinas de fumaça e as ruas estavam cobertas de corpos.
O Reino Unido, relativamente isolado, precisava de ajuda externa desesperadamente, mas a política interna dos Estados Unidos mantinha os americanos fora do teatro europeu.
É verdade que os Estados Unidos e o Reino Unido tinham boas relações e que os americanos se posicionavam firmemente contra os alemães, mas os norte-americanos não estavam dispostos a arriscar as vidas de seus jovens em uma guerra que, objetivamente, não os ameaçava diretamente.
Franklin Delano Roosevelt, presidente democrata dos Estados Unidos, apesar de não enviar tropas à Europa, ofereceu ajuda aos Aliados de outras maneiras ao prover: armamentos, munições e alimentos.
Como a Alemanha reagiu à ajuda que os Estados Unidos estavam provendo aos Aliados?
Hitler ficou furioso. A situação da Alemanha vinha piorando a cada novo episódio da guerra:
- A anexação da Áustria foi fácil;
- A tomada dos Sudetos, na Tchecoslováquia, não trouxe muitas dificuldades;
- A ocupação da Polônia causou o início da guerra;
- A força aérea britânica começou a impor esporádicas derrotas à Alemanha;
- Os Estados Unidos começaram a abastecer os Aliados.
Germânicos simplesmente não poderiam permitir que os americanos interviessem na guerra, pois o custo para a Alemanha seria sobremaneira alto.
Nesse momento Hitler decide torpedear os submarinos americanos que transportavam os suprimentos para os Aliados na Europa. O objetivo era cortar a linha de abastecimento britânica para que o povo do Reino Unido não tivesse alimentos e fosse forçado a capitular.
A Alemanha invade a União Soviética
A invasão da Rússia era um dos principais objetivos ideológicos de Hitler desde o início. A fúria alemã varreu uma gigantesca parte do território russo. Esse foi o momento da guerra onde houve as maiores baixas.
Os russos não estavam prontos para enfrentar as tropas alemães e por isso acabaram sendo dizimados em virtualmente todas as batalhas que travaram contra Hitler.
Após uma miríade de batalhas que se estendiam da fronteira oeste da Rússia até a capital, Moscou foi finalmente invadida pelos alemães.
Então algo aconteceu. O inverno chegou e ficou frio. Estupidamente frio.
A decisão razoável a ser tomada pelos alemães seria adiar os ataques até que as condições climáticas fossem mais favoráveis, mas a Alemanha estava sob enorme pressão e não tinha um segundo sequer a perder.
Hitler optou por ofensivas contínuas, mesmo quando o frio começava a se tornar um inimigo mais perigoso que os próprios soldados soviéticos.
O inverno russo
A Rússia já tinha o histórico de utilizar o inverno como arma em tempos de invasão estrangeira. Napoleão Bonaparte havia sido derrotado assim e Stalin esperava que o mesmo acontecesse com Adolf Hitler.
Habilidosamente, Stalin retirou suas tropas para a Sibéria, onde o frio era ainda mais intenso. Os soldados russos, já acostumados com aquela situação climática, tinham óbvia vantagem em relação aos alemães. Hitler percebeu isso e teve que adiar para a primavera sua empreitada contra o restante da Rússia.
A expansão do país do sol nascente
Depois de subjugar a China, o Japão passava a objetivar o sudeste asiático, região fortemente influenciada pelas potencias colonizadoras ocidentais, particularmente o Reino Unido e os Estados Unidos.
A cobiça japonesa pelo sudeste asiático não era restrita somente ao poder de influência, mas também às matérias-primas de fundamental importância para a indústria bélica, como a borracha.
O Japão sabia que não teria a mínima chance de vencer uma batalha naval contra britânicos ou americanos. As marinhas desses países não eram apenas monumentais, eram simplesmente as mais poderosas do planeta.
Como os japoneses poderiam lutar contra países que tinham poder naval muito superior?
Destruindo os navios desses países antes mesmo de o conflito começar!
Essa foi uma das razões fundamentais para o inesperado ataque aéreo japonês à base americana de Pearl Harbor, em dezembro de 1941.
Um ataque repentino garantia aos japoneses que seus oponentes não teriam meios para se defender. Essa estratégia não ficou restrita a Pearl Harbor, pois várias colônias britânicas no sudeste asiático também foram alvejadas logo em seguida.
A ação japonesa pareceu um sucesso retumbante inicialmente, mas os nipônicos cometeram um seríssimo erro estratégico. Embora tivessem destruído ou danificado numerosas embarcações, não atacaram os estaleiros de reparo desses navios, tanques de armazenamento de combustível ou bases submarinas.
O Japão realmente conseguiu infligir enorme dano às forças americanas, mas isso meramente atrasou os ocidentais, pois muitos dos navios alvejados foram consertados e colocados em combate assim que possível.
A reação do Reino Unido e dos Estados Unidos aos ataques japoneses
Britânicos e americanos não tiveram escolha senão declarar guerra ao Japão.
As alianças estavam finalmente formadas e os dois grandes grupos estavam formalmente definidos. Eles eram liderados por:
- Aliados: Estados Unidos, Grã-Bretanha e França;
- Eixo: Alemanha, Itália e Japão.
Pearl Harbor, apesar de não ter sido um golpe fatal, foi um ataque desastroso para os Estados Unidos. É verdade que americanos ainda tinham a capacidade de consertar suas embarcações, mas esses reparos demorariam muito tempo e os japoneses souberam aproveitar bem essa vantagem estratégica.
Nos meses seguintes, o Japão conquistou parte significativa do sudeste asiático estendendo seus tentáculos por vários países da região e sedimentando sua posição de potência regional dominante.
Embora as vitórias japonesas mostrassem a superioridade tática e militar do país do sol nascente, elas eram fortemente baseadas na estratégia de ataque repentino. Algo parecido com a Blitzkrieg alemã.
O que os japoneses não esperavam que, uma vez que as forças ocidentais fossem reorganizadas, as batalhas tornassem-se muito mais árduas.
O teatro europeu e as bases do Holocausto
Na Alemanha, as políticas de eugenia tomavam contornos cada vez mais evidentes. Adolf Hitler convencera o povo germânico de que a fonte de todas as mazelas da Alemanha no pós-Primeira Guerra Mundial estava atrelada à presença de judeus em solo alemão.
Historicamente, grupos minoritários foram utilizados como bodes expiatórios quando a situação econômica e social saía dos trilhos, isso acontecia no mundo inteiro. Não seria diferente na Alemanha nazista.
O fato que chocou o mundo foi a maneira com a qual os alemães conduziram sua campanha de rejeição àquele grupo minoritário.
Aquele ódio que foi nutrido durante anos por meio da retórica encontrou seu lugar no campo das ações. Aos alemães não bastava falar sobre a alegada inferioridade do povo judeu ou sobre o fato de eles, por controlarem a economia alemã, serem o motivo da ruína do país, era necessário resolver esse problema de uma vez por todas, era preciso eliminá-los naquela que ficou conhecida como a “Solução Final”.
Calma aí! Isso não faz nenhum sentido. Como os alemães podiam dizer que os judeus eram inferiores e ao mesmo tempo afirmar que eles controlavam a economia do país?
Você está certo. Isso não faz nenhum sentido. Obviamente, um povo inferior não seria capaz de alcançar os cargos mais altos da estrutura econômica de um país tão organizado quanto a Alemanha.
Mas isso não importava. Hitler precisava culpar alguém pelo fracasso da Alemanha e o fato de os judeus serem uma minoria já perseguida em várias regiões do mundo apenas facilitou esse processo.
Como se desenrolou o Holocausto
Judeus foram forçados a viver em guetos fechados, submetidos a trabalhos forçados e assassinados de maneira sistemática ao longo dos anos finais da guerra.
Estima-se que aproximadamente 6 milhões de judeus tenham sido exterminados. Fato que ocasionou mais uma diáspora judaica, dessa vez, para fora da Europa.
Fim do inverno e a investida alemã sobre a União Soviética
O inverno acabara e Hitler pôde, finalmente, continuar sua empreitada para o leste soviético, mas, desta vez, sob uma nova estratégia. Seu plano era vencer os exércitos russos na região do Cáucaso, uma área cheia de petróleo. A Alemanha então invadiu aquela localidade e tomou todo o petróleo disponível.
A imediata vitória de Hitler o deixou excessivamente confiante, fato que contribuiu para sua infeliz decisão de lançar um ataque sobre a cidade de Stalingrado.
Os russos defenderam sua terra ferozmente, a cidade foi palco de alguns dos mais duros combates de toda a guerra. Os soviéticos contiveram o avanço alemão por cinco meses. Stalin reuniu suas novas e melhoradas forças ao redor da cidade, e, em um ataque que se assemelhou à blitzkrieg, conseguiu esmagar as tropas alemãs e forçá-las para fora da região.
Stalin obteve uma vitória retumbante. Para Hitler, o confronto fora uma catástrofe absoluta.
Vídeo sobre a batalha de Stalingrado:
https://www.youtube.com/watch?v=JCpaNjfs2LI
Como ficou a situação alemã após a derrota em Stalingrado?
Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) passou a sofrer seríssimos golpes em todos os campos de batalha.
Berlim era castigada duramente por bombardeios Aliados (Estados Unidos, União Soviética e Reino Unido) que pareciam não cessar jamais.
Na África, forças americanas e britânicas dizimavam tropas italianas expulsando-as do continente.
O Japão assistia seus ganhos territoriais se desfazerem como castelos de areia enquanto soldados americanos, furiosos devido a Pearl Harbor, varriam o sudeste asiático eliminando os japoneses onde quer que os encontrassem.
Após a definitiva expulsão das forças do Eixo do continente africano, os Aliados decidiram empreender esforços para libertar a Europa das garras da Alemanha nazista.
Aliados atacam a Itália
O primeiro alvo foi a Itália fascista de Benito Mussolini.
Tropas aliadas desembarcaram ao sul do país, mais precisamente na Sicília, onde conseguiram tomar o controle sem maiores dificuldades. Conforme as batalhas eram vencidas, os Aliados moviam-se para o norte, chegando a bombardear Roma.
A população italiana, ao assistir a guerra concretizar-se em casa, passou a rejeitar a aliança com o Eixo. Rapidamente Mussolini perdeu sua popularidade. Na realidade, a situação ficou tão desfavorável para o “Duce” que ele foi derrubado do poder por seu próprio conselho fascista.
Mussolini acabou enforcado e pendurado de cabeça para baixo ao lado de sua esposa. Seus corpos foram expostos na rua para que todos pudessem ver.
A Itália imediatamente iniciou negociações para a rendição.
A reação de Hitler à rendição da Itália
Hitler não ficou surpreso e enviou reforços para o sul da Europa com vistas a evitar que a Itália, agora sob o controle dos Aliados, passasse a combater a Alemanha.
Naquele momento, germânicos tinham certeza que um ataque por parte dos Aliados estava prestes a acontecer. Só restava descobrir de onde viria o primeiro golpe.
Desembarque na Normandia, o “Dia D”
O próximo objetivo dos Aliados era a retomada da França ocupada pelos alemães.
A região mais propícia para o ataque inicial era o litoral francês, mais precisamente, a Normandia.
Mais de mil bombardeiros Aliados invadiram a região. Enquanto paraquedistas tomavam o céu da Normandia como um enxame, embarcações aliadas despejavam soldados americanos e britânicos por toda a costa.
O embate foi tão sangrento que, pela manhã, a água do mar que cobria a areia da praia estava, literalmente, vermelha.
Após uma série de ofensivas, os Aliados foram finalmente capazes de libertar a França e retomar a cidade de Paris.
Itália e Alemanha são derrotadas, resta o Japão
Os japoneses acreditavam que a única saída digna da guerra seria morrer em batalha. A rendição não estava entre as alternativas, pois seria uma opção desonrosa. Como resultado, lutaram ferozmente até mesmo quando já estava perfeitamente claro que não havia qualquer possibilidade de vitória.
Os americanos continuaram seu ataque pela ilha de Okinawa, a última antes de chegarem ao continente japonês.
Desesperados, japoneses lutaram duramente lançando ataques kamikazes contra os navios americanos. Os Aliados agora tinham que fazer uma escolha:
- Continuar a luta devastadora em solo japonês, ou
- Forçar os japoneses a se renderem imediatamente.
Os Estados Unidos optaram pela segunda alternativa. O primeiro teste bem-sucedido da bomba atômica havia ocorrido no Novo México alguns meses antes e a arma de destruição em massa estava pronta para ser utilizada.
Na cabeça dos americanos, a utilização de uma arma tão poderosa teria duas funções:
- Forçar os japoneses a se renderem;
- Mostrar à União Soviética, que era apenas uma aliada circunstancial, que os Estados Unidos tinham um poder de destruição inigualável.
As bombas atômicas de Hiroshima e de Nagasaki
Em 6 de agosto de 1945 a primeira bomba, chamada de “Little Boy”, foi jogada em Hiroshima.
Apenas três dias depois, em 9 de agosto, Nagasaki foi atingida de maneira fatal por uma bomba ainda mais poderosa.
Os locais onde as bombas haviam sido derrubadas foram reduzidos a cinzas, os arredores tornaram-se escombros. Os ocidentais finalmente alcançaram seu objetivo principal e o Imperador japonês anunciou a rendição incondicional do Japão.
Os Aliados permitiram ao Imperador manter sua posição, mas o resultado da guerra e a humilhação colocaram em xeque o status divino da família real japonesa.
A Alemanha foi dividida entre americanos, britânicos, franceses e soviéticos em um episódio que lançaria as bases para outro momento de fundamental importância na história, a Guerra Fria.
Conclusão
A Segunda Guerra Mundial foi um evento tão significativo que alterou substancialmente sistemas políticos em todo o planeta.
A vontade de evitar a repetição de um massacre em escala global levou os Estados a desenvolverem uma série de tratados e de organizações internacionais com vistas a engendrar mais estabilidade às relações entre os países.
Apesar de toda a destruição, a Segunda Guerra Mundial deixou como legado a Organização das Nações Unidas (ONU) e a certeza de que, caso não haja controle efetivo, o mundo pode encontrar-se mergulhado em caos a qualquer momento dadas as circunstâncias adequadas.
Esse foi apenas um resumo sobre a Segunda Guerra Mundial. Para aprender ainda mais, dê uma olhada nos livros recomendados aqui na Bibliografia de História Mundial.
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Bons estudos!
Muito bom o estudo. Parabéns
Em breve haverá mais artigos como esse, Fernando.
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