A Dinamarca Bane a Burca
(31 de maio de 2018)
O país europeu decidiu banir véus que cubram o rosto por inteiro em locais públicos.
A Dinamarca é o mais recente país europeu a votar sobre o banimento da burca.
O governo dinamarquês votou, assim como França, Alemanha, Bélgica e Áustria pela criminalização da utilização de véus ou quaisquer outros acessórios que cubram o rosto em lugares públicos.
A votação contra o véu foi bastante expressiva: 75 votos foram favoráveis ao banimento enquanto apenas 30 foram contrários.
De acordo com a nova regra, qualquer pessoa que vista burcas, niqabs, véus ou qualquer tipo de fantasia ou máscara que esconda o rosto receberá multa de até 1,000 kroner (moeda dinamarquesa), esse valor é de aproximadamente 150 dólares. A multa pode ser até dez vezes maior nos casos de reincidência.
O islã como alvo na Europa
Os dinamarqueses insistem que o banimento não é machista ou tenha qualquer religião específica como alvo, embora o Islã seja a única das grandes religiões monoteístas que contenha setores que obrigam mulheres a cobrirem seus corpos por completo quando estiverem fora de suas casas.
Com vistas a não deixar espaço para interpretações discriminatórias, o governo dinamarquês mencionou que, independentemente de cor ou de religião, todos aqueles que tiverem seus rostos cobertos sofrerão precisamente as mesmas consequências.
Críticas ao banimento do véu
Alguns críticos classificaram o banimento como um ataque à liberdade religiosa em uma Europa crescentemente secular.
A Anistia Internacional tentou intervir e impedir tal banimento alegando que a política se trata de uma forma disfarçada de impedir a expressão religiosa na Europa.
“Embora algumas restrições específicas em relação a véus que cubram a face por completo sejam legítimas por questões de segurança, esse amplo banimento não é necessário ou proporcional e viola os direitos de liberdade de expressão e de liberdade religiosa”, afirmou o diretor europeu da Anistia Internacional.
Apoio ao banimento do véu
Aqueles que apoiam a nova lei, uma coalizão de conservadores dinamarqueses, alegam que a nova regra objetiva combater uma ideologia que subjuga mulheres e que, caso não seja contida, pode enraizar-se na Dinamarca e ameaçar o direito à liberdade da sociedade inteira.
Oficiais dinamarqueses admitiram não saber precisamente quantas mulheres no país realmente vestem a burca ou se essas mulheres utilizam a peça de vestuário por vontade própria ou coerção.
Conclusão
A Dinamarca, como já foi mencionado, não está sozinha. França, Bélgica, Áustria e Alemanha mantêm seu posicionamento contra as vestimentas que cobrem o rosto de cidadãos e continuam ao lado dos ideais da Corte Europeia de Direitos Humanos.
Para saber mais ler sobre a União Europeia, siga o link: União Europeia.
